Nessa época, o “C” da sigla CRM significava “cockpit” – cabine dos tripulantes.

Este treinamento buscava apresentar aos tripulantes quais recursos de cabine que foram ignorados ou não totalmente utilizados. Sendo que a falha no uso destes recursos estava relacionada a fatores humanos debilitantes da performance, tais como:

• Falha de Comunicação

• Falha de Consciência Situacional

• Falha no Trabalho em Equipe e da Liderança

• Falha na Gestão da Automação

• Falha na Tomada de Decisão

• Excesso de Carga de Trabalho

• Visão de Túnel

• Power Distance

• Fadiga

• Estresse

• Equilíbrio / Visão / Audição / Proprioceptivos

Este treinamento passou por várias atualizações, onde o “C” foi alterado de “Cockpit” para “Crew” (toda a tripulação). E ainda criado um treinamento separado para o pessoal da manutenção de aeronaves, onde o “C” foi substituído por “M” (Maintenance) - MRM.

Por fim, o “C” tornou-se “Corporate”, onde prevê que todos da organização devem realizar este treinamento. Pois todos tem no DNA a chance de cometer um erro em algum momento e podem fazer parte da cadeia de eventos até o acidente.

O CRM continuou evoluindo passando por várias atualizações. Atualmente o CRM está na 6ª Geração, onde o foco principal está no “Gerenciamento de Riscos e Ameaças”.

A ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) é a responsável por regulamentar este treinamento através da norma IAC 060-1002A - “Treinamento em Gerenciamento de Recursos de Equipes“.

O CRM na Aviação é um treinamento obrigatório para todas as empresas aéreas que transportam passageiros, seja companhia de transporte regular, ou táxi aéreo.

O objetivo do CRM na aviação é reduzir o erro humano, fornecendo estratégias que ajudarão a melhorar o desempenho humano. Ao contrário dos treinamentos tradicionais de treinamento voltados ao conhecimento técnico e às habilidades necessárias à pilotagem de uma aeronave, o CRM foca nas habilidades cognitivas e interpessoais.

O CRM da aviação é hoje adaptado para outros cenários de trabalho em equipe como em equipes de cirurgia, de defesa civil, indústria, etc; onde o espaço para o erro pode custar vidas, prejuízos ou atrasos, visando reduzir a chance do erro ocorrer.